terça-feira, 26 de junho de 2007

Paris, RJ

Complexos, complicados e simples. E o churume. Temos identificado essas entidades na cidade maravilhosa, nem que seja para afirmarmos: somos complexos! Veja bem...
 
Nos últimos tempos tenho pontuado meus dias com expressões em francês, mesmo tendo detestado Paris. Tenho admirado a idéia de Paris, com seus cigarros, cafés, cultura e amour fou. Eu, que sempre fui avesso aos clichés de revista de turismo, me apaixonei por esses. A transgressão fica pelo fato de não precisar necessariamente ir até a cidade de facto. Não existe de facto no meu sonho.
 
Tenho aplicado a idéia de Paris ao Rio. Tenho vivido o sonho - a foto do entardecer no postal, a vie en rose -, não o concreto, o cotidiano, a fumaça das fábricas parisienses ou a carranca de alguns de seus habitantes. O vento fresco do inverno sopra pelo caminho das ruas e carrega o meu olhar para longe do churume impregnado nas ruas da metrópole. Ele ainda está lá, mas é reconfortante delicadamente não fazer parte dele.
 
Estou curtindo a idéia da Nouvelle Vague. Mas só a idéia. Aqueles filmes continuam um porre.